Justiça condena ex-prefeito de Nova Friburgo, RJ, por desvio de verbas

Demerval Barbosa Moreira Neto era o prefeito durante a tragédia de 2011.
Além dele, ex-secretários de educação e governo foram condenados.


Demerval Barbosa Moreira Neto, ex-prefeito de Nova Friburgo, Região Serrana do Rio, foi condenado pela justiça por improbidade administrativa. Além do ex-prefeito, também foram condenados o ex-secretário de educação e atual vereador Marcelo Verly, o ex-secretário de governo José Ricardo Lima e dois donos de uma empresa que teria sido contratada pelo município.
A decisão, que foi divulgada no diário eletrônico do Tribunal Regional Federal (TRF) no último dia 13 de setembro, acusa o político pelo desvio de verbas federais, cerca de R$ 10 milhões, destinadas as vítimas da tragédia de janeiro 2011, além de pagamento de serviços que não foram prestados e fraude na escolha de empresas contratadas.
A denúncia sobre o desvio de dinheiro partiu do Ministério Público Federal. O TRF tomou a decisão em primeira instância e ainda cabe recurso por parte dos condenados.
Demerval foi prefeito entre 2010 e 2011, quando a cidade foi atingida pelo temporal que matou mais de 400 pessoas. De acordo com a decisão do juiz Eduardo Francisco de Souza, o ex-prefeito terá que devolver ao município mais de R$ 316 mil e o ex-secretário, Marcelo Verly, mais R$ 71 mil.
Ainda segundo a decisão, Dermeval terá os direitos políticos suspensos por oito anos e deve pagar uma multa que pode chegar a duas vezes o valor do prejuízo que teria provocado. Já o vereador Marcelo Verly ficará sem os direitos políticos por três anos. Além disso, os dois estão proibidos de assinar contratos com o poder público.
A equipe de jornalismo da Inter TV fez contato com todos os condenados nesta decisão. O ex-prefeito e os responsáveis pela empresa Cheinara Dedetização informaram que não foram notificados e que vão buscar informações. O ex-secretário de educação e o ex-secretário de governo disseram que todos os serviços foram prestados de forma correta e que vão recorrer da decisão.

Postar um comentário